Na quarta feira, dia 16/01, minha tia comentou comigo que meu primo, que trabalha no terminal de ônibus Grajaú (zona Zul de São Paulo) disse que uma faxineira do próprio havia encontrado um recém nascido morto dentro da lixeira do banheiro no dia 15/01.
Ele disse que o bebê estava com o rostinho todo vermelho e estava trocado.
Enfim, fui procurar mais informações sobre o caso na internet, pois queria saber se a polícia tinha pistas da mãe (mãe?) ou alguma informação que poderia ajudar na investigação, o que seria muito difícil por se tratar de um terminal movimentadíssimo.
Via Google, digitei palavras chave na caixa de pesquisa, mas não encontrei nada relevante, apenas notícias de 4 linhas sobre o fato.
Bom, eu sou APAIXONADA por crianças, e coisas assim me entristecem ao mesmo tempo que me irritam, fazendo com que eu tenha vontade de matar a maldita criatura que teve coragem de fazer isso com um bebê.
Voltando... é comum ouvirmos notícias desse tipo. Casos de bebês encontrados em sacos de lixo, rios e etc acontecem direito, mas pela minha busca no Google, percebi que acontece bem mais que direto. É uma coisa extremamente comum, parece até que é uma rotina do dia a dia da sociedade.
Agora eu me pergunto: O que faz uma mulher que carregou por nove meses uma criança no útero, matá-lo?
Há quem entenda o lado da "mãe", mas eu não entendo. Na verdade, nem faço força para tentar entender, pois acredito que não há absolutamente nada para ser entendido.
Não interessa o motivo pelo qual ela ficou grávida, pode ter sido estupro, ela podia estar bêbada, ou ficou grávida por descuido. Isso pouco me importa. Trata-se de uma vida a ser desenvolvida. Trata-se de um bebê que precisará de colo e carinho.
Agora um ser nojento e indigno de respeito decide tratar um recém nascido como boneco e simplesmente matá-lo e jogá-lo no primeiro buraco que conseguir ver?
Uma pessoa assim não tem coração, pois se tivesse algum resquício de algo que possa ser chamado de coração, teria deixado a criança em alguma porta, teria deixado em um orfanato, teria procurado ajuda, não sei. Teria feito alguma coisa menos pior que acabar com a vida de um ser tão frágil.
Penso que há tantas pessoas querendo ter filhos sem poder enquanto há outras que tratam os seus com tamanho descaso que até me dá enjôo.
Alguns podem até se atrever a pensar: "ah, ela não tinha condições de criar", "ah, a família dela não sei o que", "e se ela foi vítima de estupro?".
Mas eu lhes pergunto...
Justifica?
-Larissa de Freitas