sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Ele era diferente?

Aquela mãe amorosa finalmente levou seu filho ao parque pela primeira vez.
Sentou no banquinho protegido pelas sombras das árvores e deixou o pequenino de 7 anos correr livre pelo gramado.
De longe ela ouviu as outras crianças:
-Nossa, que menino feio!
-Nossa, o que ele tem no rosto?
-A, já sei, é aquela doença de retardado. Minha mãe sempre fala isso!
A mãe do garotinho foi correndo tirar ele de lá.
Mas antes que ela chegasse até ele, uma mulher se aproximou e disse:
-Não quero seu filho perto dos meus!- E foi embora.
A pobre criança não entendeu o que estava acontecendo, mas percebeu que a mãe estava desolada!

Contudo, ela não desistiu de divertir seu filho e o levou novamente ao parque..
-Você não percebeu que seu filho nunca vai ser normal como os meus filhos e todas essas crianças que estão aqui? Ele tem Síndrome de Down, ele não vai aprender como eles, não vai falar como eles, terá muitas doenças ao decorrer dos anos e vai viver menos! Não tente fazer com que ele seja amiguinho das crianças normais, isso só vai fazer mal, porque como você sabe, ele não será igualmente feliz!
Mas antes que a mãe do menino abrisse a boca para se defender, a criança com Síndrome de Down pegou uma flor do chão, beijou, puxou a saia da mulher e disse: 
-Flor- Entregando a flor para ela com um sorriso enorme.

O final dessa história? Eu não sei. Seria de uma certa hipocrisia minha dizer que a mulher tenha mudado sua opinião e atitude após o ato da criança com Síndrome de Down. Infelizmente as coisas não são fáceis assim.
Dizem que com um pequeno gesto nós podemos mudar o mundo, mas nós nunca conseguiremos fazer isso se as pessoas não se deixarem mudar.
Convido vocês a refletirem..

Se você estivesse para ser mãe ou pai, e soubesse antes do nascimento que seu filho tem Síndrome de Down,  responda com sinceridade, o que você pensaria em um primeiro momento?




-Larissa de Freitas

36 comentários:

  1. então, esse é o momento em que eu respiro fundo e sinto meus olhos ficarem cheios de lágrimas, não é? .-.

    juro que não sei o que pensaria se estivesse para ter um filho com síndrome de Down, mas não é algo que se peça a Deus e não me parece um motivo para comemorar. mas acho sinceramente que amaria mais do que se tivesse um filho 'normal'. no fim das contas, depois das lutas e dos dramas, o amor há de ser mais forte, eu creio.

    bonito post. parabéns.

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  2. Oi, adorei teu blog,
    estou seguindo!
    visita o meu e se gostar siga! Um beijo.

    http://livreelouca.blogspot.com/

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  3. Não sei o que pensaria... Mas com certeza não desistiria do meu filho, porque mesmo se ele fosse "normal" como as outras pessoas ainda correria o risco de se tornar um ser humano vazio... Um usuário de drogas, um traficante, um ladrão, ou até mesmo uma mãe super-protetora e preconceituosa que acha que está protegendo os seus filhos no parque de um portador de necessidades especiais que não oferece nenhum perigo as outras crianças...

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  4. Independente de como as pessoas sejam todas elas merecem amor.Principalmente quando se trata de amor de pai e mãe.
    Confesso não saber o que pensar, mas sei que nao o negaria.
    ------------------------------------------------
    Gostei do seu espaço.Seguindo.

    http://www.relatoosdavida.blogspot.com/

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  5. Pensaria que Deus escolhe não faz nada por acaso, e que seu eu fosse abençoado a conviver com uma criança que tenha a síndrome de Down iria aceitar, sem pensar 2 vezes!! =D

    Adorei o post! Como sempre!

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  6. Você escreve divinamente bem, principalmete porque provoca o (pre)conceito dos leitores.

    Excelente reflexão!

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  7. Certo, eu chorei. Se eu descobrisse isso, não mudaria nada, é um pedacinho meu e da pessoa que eu amo, então com toda certeza seria muito amado e bem recebido.

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  8. "As flores chegam até a perfumar a mão que as esmaga". Lembrei dessa frase que eu gosto muito lendo o texto. Eu trabalhei durante dois anos em uma creche que tinha um menino com Síndrome de Down. Foi uma experiencia muito importante pra mim. Eu interagia muito com ele, brincava. E certamente as crianças com essa donça devem interagir com todas as crianças, nada de preconceito como o dessa mulher do texto. São crianças maravilhosas. parabens pelo texto e pelo blog, vou seguir

    http://thenerdsarecool.blogspot.com/

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  9. Eu tenho um irmão com síndrome de down, e ao ler seu post lágrimas vieram aos meus olhos.
    Ele nasceu em uma época difícil (hoje ele tem 42 anos) e a mãe dele sofreu tanto esse tipo de preconceito, que chegou a entrar em depressão.

    Triste saber que existem pessoas com um intelecto tão inferior ao ponto de subjulgar outros seres humanos.

    Parabéns pelo blog.

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  10. não há muita diferença hoje em dia, as pessoas que tem down conseguem em sua maioria agir como pessoas "normais",

    http://blogdokiraa.blogspot.com/

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  11. Muito obrigada pelo comentário. Comentários construtivos merecem resposta!
    Agora vamos ao seu texto.


    Bom, devo admitir que seria difícil, exatamente pelo fato da discriminação, mas da minha parte, ele seria tão amado como uma criança 'normal' até porque, Sindrome de Down não significa ser anormal, anormal, são essas pessoas que insistem em julgar pelas aparências.

    Excelente texto e parabéns pela escolha da imagem.
    Estou seguindo, caso lhe convir ... me siga também *-*

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  12. Acho que todo pai deseja ter um filho perfeito, saudável... Mas com certeza o amor por uma criança com deficiência fica ainda maior, e eles retribuem esse amor muito bem!

    As pessoas precisam se aproximar para entender, é falta de conhecimento que gera desconfiança... Em outras palavras: preconceito é ignorância!

    Até mais...

    Você será bem-vindo em http://notasqueapenasoscachorrospodemouvir.blogspot.com/

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  13. Muito tocante o present post... a vida é feita de pequenas lições de vida...

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  14. liiindo post *_______________*
    eu pensaria que iria amá-lo de qualquer jeito.

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  15. nuss vc escreve muiiito bem,parabens pelo txt
    http://diariodealunos.blogspot.com/

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  16. Realmente é uma questão bem polêmica! O fato é que a sociedade em geral tem muito preconceito com tudo que foge do considerado "padrão normal", mas sabem que a alegria da vida é não ser igual!

    parabens pelo blog, já estou seguindo!!!

    http://flodelis02.blogspot.com

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  17. Como sempre, você usando seu blog para nos fazer refletir. Parabéns pela iniciativa.
    Admiro muito as pessoas com coragem o suficiente para mostrar que no mundo nem tudo são flores,

    Beijinhos

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  18. Bom..noprimeiro momento eu pensaria...
    Fudeu, merda.
    Mas depois iria pesquisar o assunto, sei que a Sindrome de Down é uma doença mas isso não significa que a criança se4ja realmente uma doente mental. Tem muitaspessoas com Sindrome de Down que vivem, trabalham, se divertem, socializam, até casam. São pessoas normais e podem sim viver como tais.

    Hoje em dia graças á mídia a visão sobre a Sindrome de Down acabou ensinando mais ás pessoas. Casos como esse mencionado no conto estão bem mais raros (é nisso que quero acreditar)de modoque euamaria essa criança.

    É muito melhor termos ao nosso lado alguém com Sindrome de Down do que ter alguém vagabundo ou psicopata que aos olhos dos outros pareça normal.

    Nunca tive contatocom pessoas com Sindrome de Doen mas o pouco que conheci percebi que sçao pessoas maravilhosas.

    http://empadinhafrita.blogspot.com

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  19. Na pós-modernidade, tempo atual, todos nossos valores sobre a verdade caem. É besteira pensar em uma verdade absoluta or something like this. Portanto, nem se fala na bobagem que é se basear em convicções simplórias e rasas.
    Conviver com o diferente é um desafio pós-moderno (a verdade não existe mais, logo, tudo é diferente). Saber tratar o diferente dentro da sua diferença claro, mas com dignidade...

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  20. Nem sempre mudamos algo com um ato , na verdade quase nunca . A minha reação ao saber que meu filho teia sindrome de Down , eu nao sei exatamente como seria , mas independente do que fosse seria meu filho e eu amaria ele

    http://blog-do-binao.blogspot.com/

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  21. Olha seria tenso no primeiro momento...
    mas depois,c laro, saberiamos que temos que ama-lo nao importa como ira nascer!

    http://diariodapriscilinha13.blogspot.com/2011/02/mary.html

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  22. Muito bom o seu texto!!!! Parabéns pelo blog. Abraço.

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  23. - Olá xará . Noss cinseramente me impressionei demais com teu blog . Amei amei de verdade , Você é ótima escritora ! Pode ter certeza que de hoje em dia daqui não saiu mais .

    - Fico feliz que ficou satisfeita com meu blog tambem ^^ . Seja muito bem vinda !

    Bjs :*

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  24. Ótimo texto,realmente mt envolvente

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  25. a vida seria tão mais feliz se as pessoas entendessem que somos iguais, mesmo com diferenças.
    respondendo a sua pergunta, eu, sinceramente, não sei o que eu faria ou o que pensaria num primeiro momento - só quem viveu essa situação conseguiria falar bem sobre isso.
    você proporcionou uma reflexão muito bonita, parabéns :*

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  26. Oi, fiz uma homenagem pra vc no meu blog! Passa lá e veja se é do seu interesse!
    ____
    http://algunsfilmes.blogspot.com/

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  27. Caramba, excelente post! Muito bom pra reflexão e bastante tocante.
    Parabéns pelo blog, gostei muito daqui, estou te seguindo!
    Se quiser me siga também: http://refugiopcional.blogspot.com/
    :)

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  28. Difícil pensar,
    não pretendo ter filhos,
    mas, se os tivesse os veria como uma benção...
    indepentedente do que aconteça.

    só acho uma coisa no fim da história do post...
    que a mãr preconceituosa é duplamente ignorante ao acreditar a criança com a sintrome seria menos feliz do que a com a saúde normal, pois, com este tipo de pensamento sendo cultivado em sua mente, a criança "normal" teria a infelicidade da arrogacia e do preconceito dentro dela.

    www.aliradeorfeu.blogspot.com

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  29. Retribuindo a visita e seguindo. Segue de volta *__*?

    Chorei. Sério. Eu já vi pessoas dizendo que com pequenas atitudes se pode mudar o mundo, e eu mesma já fiz várias delas. Só que a merda da verdade é a de que o mundo não se muda mais. E isso é o que me faz chorar. Linda mensagem.


    http://educacaoalienista.blogspot.com/

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  30. ótimo blog, creio que com poucas atitudes e gestos podemos mudar muita coisa!
    abraços!

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  31. o ser humano gosta de se julgar melhor.
    na minha opinião não existe deficiência. na verdade existe e essa mulher e um exemplo do que e deficiencia.
    não porque a criança funciona diferente das outras que ela seja pior. temos muito que aprender com a diferença.

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  32. ÓTIMO blog Láh, realmente amei, bons posts, alguns assuntos leves, outros altamente polêmicos, um bom blog mesmo. Amei o post! Beijos!
    -
    http://lollyoliver.wordpress.com/

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  33. Sinceramente, eu não seria tão fria ao ponto de rejeitá-lo, de tirá-lo de mim. Muito pelo contrário, eu teria ele, e lutaria contra esse preconceito que muita gente tem com pessoas com doenças, câncer, ou qualquer tipo de problemas, mas ninguém entende que são pessoas como nós. Eu seria hipócrita se dissesse que não existe preconceito, porque existe! e muito, e todos nós sabemos disso. Não podemos mudar o mundo nem a opinião de ninguém, mas gostaria que entendessem que criticando ou julgando alguém, não vai fazer ninguém melhor nem pior. O que podemos fazer, é aceitar, ter fé, ter fé que um dia as coisas mudem, que um dia as pessoas sejam menos preconceituosas, o mundo precisa de exemplos e não de opiniões. Se eu tivesse um filho com essa doença, nunca deixaria ninguém criticasse o meu filho, eu daria o maior carinho que qualquer mãe poderia dar. Pena que muita gente faria o contrário.

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  34. Bom primeiro eu agradeceria a benção de ter um filho, e se tivesse alguma necessidade especial lutaria com todas as minhas forças contra o preconceito que a sociedade impera e daria todo o meu amor e atenção... Uma pessoa com a sindrome de dowm consegue fazer as mesmas coisas que uma pessoa que não tem a sindrome, (não digo pessoa normal porque todos com o sem sindrome somos normais, apenas temos limitações diferentes)....

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