sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Homem-Lixo..

Lixo, homem..
Homem, lixo..
Homem-lixo.





O que mais te chamou a atenção na imagem?
As garrafas de refrigerante ou o eletrônico velho?





-Larissa Araújo





Big Blog Brasil: Vote no Delírios e Paranóias!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Big Blog Brasil!

O blog Delírios e Paranóias está participando de um concurso chamado Big Blog Brasil, como pode ser observado no selo acima da postagem!
Portanto, estou fazendo esse post, um pouquinho diferente dos demais, para pedir que você conheça mais o blog, ou seja, leia as demais postagens para ver se este merece ser o blog líder da vez! ;)

Se por acaso você leitor se interessar,  VOTE AQUI!


Enfim, muito obrigada para quem votar! :)
E boa sorte para os demais blogs participantes!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Nana neném..

Na quarta feira, dia 16/01, minha tia comentou comigo que meu primo, que trabalha no terminal de ônibus Grajaú (zona Zul de São Paulo) disse que uma faxineira do próprio havia encontrado um recém nascido morto dentro da lixeira do banheiro no dia 15/01.
Ele disse que o bebê estava com o rostinho todo vermelho e estava trocado.
Enfim, fui procurar mais informações sobre o caso na internet, pois queria saber se a polícia tinha pistas da mãe (mãe?) ou alguma informação que poderia ajudar na investigação, o que seria muito difícil por se tratar de um terminal movimentadíssimo.
Via Google, digitei palavras chave na caixa de pesquisa, mas não encontrei nada relevante, apenas notícias de 4 linhas sobre o fato.
Bom, eu sou APAIXONADA por crianças, e coisas assim me entristecem ao mesmo tempo que me irritam, fazendo com que eu tenha vontade de matar a maldita criatura que teve coragem de fazer isso com um bebê.
Voltando... é comum ouvirmos notícias desse tipo. Casos de bebês encontrados em sacos de lixo, rios e etc acontecem direito, mas pela minha busca no Google, percebi que acontece bem mais que direto. É uma coisa extremamente comum, parece até que é uma rotina do dia a dia da sociedade.
Agora eu me pergunto: O que faz uma mulher que carregou por nove meses uma criança no útero, matá-lo?
Há quem entenda o lado da "mãe", mas eu não entendo. Na verdade, nem faço força para tentar entender, pois acredito que não há absolutamente nada para ser entendido.
Não interessa o motivo pelo qual ela ficou grávida, pode ter sido estupro, ela podia estar bêbada, ou ficou grávida por descuido. Isso pouco me importa. Trata-se de uma vida a ser desenvolvida. Trata-se de um bebê que precisará de colo e carinho.
Agora um ser nojento e indigno de respeito decide tratar um recém nascido como boneco e simplesmente matá-lo e jogá-lo no primeiro buraco que conseguir ver?
Uma pessoa assim não tem coração, pois se tivesse algum resquício de algo que possa ser chamado de coração, teria deixado a criança em alguma porta, teria deixado em um orfanato, teria procurado ajuda, não sei. Teria feito alguma coisa menos pior que acabar com a vida de um ser tão frágil.
Penso que há tantas pessoas querendo ter filhos sem poder enquanto há outras que tratam os seus com tamanho descaso que até me dá enjôo.
Alguns podem até se atrever a pensar: "ah, ela não tinha condições de criar", "ah, a família dela não sei o que", "e se ela foi vítima de estupro?".

Mas eu lhes pergunto...


Justifica?




-Larissa de Freitas

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sempre música..

A música me fez pegar no sono quando eu ainda precisava dos meus pais para me fazer dormir. Eles cantavam o boi da cara preta, o nana neném..
A música me fez aprender quando eu ainda estava descobrindo como se fazia para contar e escrever. Eu ouvia 1, 2, 3 indiozinhos, 4, 5, 6 indiozinhos..Ouvia também Comer comer, comer comer, é o melhor para poder crescer!
Quando eu estava no ensino fundamental e em uma parte do ensino médio, todas as quintas eu tinha aula de música, e sempre no final do ano, haviam apresentações. Meus pais fotografavam orgulhosos.
Também decorei os números romanos e as capitais dos estados brasileiros por musicas inventadas por mim e pela minha mãe.
Em história e Geografia, a música me fazia decorar matérias de prova. Lembro da música dos Jacobinos, do Seno, Cosseno e Tangente..
Fui uma criança que gostava das músicas da Xuxa e das aberturas dos desenhos animados.
Quando eu tinha lá pelos mes 12 anos, todo sábado de manhã eu ligava o rádio para ouvir o Axé Band.
Eu ouvia É o Tchan, É o Tchan na Selva, É o Tchan não sei onde e etc.
Cresci. Descobri realmente o que era música para os meus ouvidos.

Hoje ouço músicas capazes de mudar meu humor, meus sentimentos, minhas vontades.
Hoje ouço Angra dos Reis do Legião Urbana, ouço Strawberry Fields Forever dos Beatles, ouço também Little Girl Blue da Janis Joplin, ouço Light My Fire do The Doors.. Na verdade não importa o que eu ouço. O que importa mesmo é que eu ouço.
Vou em shows, grito, pulo, canto junto..
Canto no banho, canto com gente, canto sozinha..
Eu cresci ouvindo, aprendi ouvindo e me desenvolvo/desenvolverei ainda ouvindo música.

Os acordes, os instrumentos, as melodias, as letras e as vozes me fascinam.
Imaginem um filme sem trilha sonora..
Agora imaginem uma vida sem..
Eu tenho a minha trilha, e ela ainda não terminou..
E a sua?
Me conte um pouco dela. :)



-Larissa de Freitas

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Pecadora

Minha ira é sem motivo motivada.
Minha gula não é saciada. 
Verdade absoluta:
tenho preguiça de saber sobre ela.
Eu sei de mim, sei que
 minha vaidade fascina.
Tudo ao meu redor é meu,
meu nome deveria ser avareza.
Invejo quem é igual a mim.
Me invejo.
Paixão, prazer.
Tentação.
Não quero mais me chamar avareza.
Hoje me chamo Luxúria.



-Larissa de Freitas

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Ele era diferente?

Aquela mãe amorosa finalmente levou seu filho ao parque pela primeira vez.
Sentou no banquinho protegido pelas sombras das árvores e deixou o pequenino de 7 anos correr livre pelo gramado.
De longe ela ouviu as outras crianças:
-Nossa, que menino feio!
-Nossa, o que ele tem no rosto?
-A, já sei, é aquela doença de retardado. Minha mãe sempre fala isso!
A mãe do garotinho foi correndo tirar ele de lá.
Mas antes que ela chegasse até ele, uma mulher se aproximou e disse:
-Não quero seu filho perto dos meus!- E foi embora.
A pobre criança não entendeu o que estava acontecendo, mas percebeu que a mãe estava desolada!

Contudo, ela não desistiu de divertir seu filho e o levou novamente ao parque..
-Você não percebeu que seu filho nunca vai ser normal como os meus filhos e todas essas crianças que estão aqui? Ele tem Síndrome de Down, ele não vai aprender como eles, não vai falar como eles, terá muitas doenças ao decorrer dos anos e vai viver menos! Não tente fazer com que ele seja amiguinho das crianças normais, isso só vai fazer mal, porque como você sabe, ele não será igualmente feliz!
Mas antes que a mãe do menino abrisse a boca para se defender, a criança com Síndrome de Down pegou uma flor do chão, beijou, puxou a saia da mulher e disse: 
-Flor- Entregando a flor para ela com um sorriso enorme.

O final dessa história? Eu não sei. Seria de uma certa hipocrisia minha dizer que a mulher tenha mudado sua opinião e atitude após o ato da criança com Síndrome de Down. Infelizmente as coisas não são fáceis assim.
Dizem que com um pequeno gesto nós podemos mudar o mundo, mas nós nunca conseguiremos fazer isso se as pessoas não se deixarem mudar.
Convido vocês a refletirem..

Se você estivesse para ser mãe ou pai, e soubesse antes do nascimento que seu filho tem Síndrome de Down,  responda com sinceridade, o que você pensaria em um primeiro momento?




-Larissa de Freitas

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Infância perdida, futuro incerto.

Aquela menina suja estava perambulando pelo centro da cidade.
-Tio, tem um trocado para me dar?

Ela tinha 15 anos e estava com olhos vermelhos.
A hora passando, e em sua cabeça ela estava caminhando sem rumo, mas automaticamente, todas as noites ela tinha rumo certo.
Finalmente conseguiu ter a vista do paraíso dela. Aquele lugar repleto de substâncias que iriam saciar psicologicamente a fome que sentia.
As duas calçadas estavam cheias de pessoas de todas as idades. Crianças de 8 anos, adolescentes de 16, adultos de 40 e idosos de 60.
Todos eles estavam fora de si, gritando, procurando.. Revirando o lixo, mas não para comer as sobras, e sim para achar algo que pudesse levá-los ao prazer que procuravam. Prazer este que os impedia de sonhar porque não os deixava dormir.. Que os obrigava a mendigar, mesmo muito deles tendo uma casa pra morar.. Que os tornava agressivos..Que fazia as mulheres se prostituirem.. Enfim, que fazia com que eles se tornassem diferentes do que foram um dia.

A garota se aproximou e começou a ficar abalada com alucinações:
-Para de me vigiar.. Sai..Não vou dividir com você.
Começou a olhar para os lados e mesmo com todas aquelas pessoas em estado lametável, gritando, brigando e perambulando, ela só tinha olhos para o fogo que esquentava os cachimbos.

Colocou a mão no bolso e viu que tinha o suficiente.
-Quero tudo de pedra.
Sentou na calçada e em poucos minutos ela estava no ápice. Coração batendo rápido, suor escorrendo, pupilas dilatadas, tremor e com o bem estar que ficava só na cabeça dela.
Passados 15 minutos ela queria mais, e mais, e mais.. Revirou lixo, chorou, pediu, suplicou.. Conseguiu. A procura pelo crack e seu uso se repetiu pela madrugada.
Aquele corpo raquítico e frágil se degradava a cada minuto.

Amanheceu e ela foi embora.

Chegando em casa, não esperou a mãe abrir a porta. Resolveu ir embora.
- Tio, me dá dinheiro?

Mais cedo ou mais tarde ela estaria na cracolândia novamente.



     -Larissa de Freitas